Amigdalite é uma inflamação das amígdalas. As amigdalas são tecidos linfoides, ou seja, fazem parte do nosso sistema imunológico e estão estrategicamente posicionadas para iniciar uma resposta imune contra antígenos que entram pelo nariz e pela boca.
De forma bem resumida, a principal função das amigdalas é reconhecer os possíveis agentes agressores (antígenos) e apresentá-los para que o nosso sistema imunológico inicie a produção de anticorpos.
Geralmente a amigdalite é atribuída à inflamação das amígdalas palatinas, que ficam na parte lateral da garganta. Porém, na parte posterior da língua, existem amígdalas linguais que podem também ser afetadas por processos inflamatórios (amigdalites linguais). Apesar de raro, na maioria das vezes apresenta um quadro clínico mais intenso.
A inflamação nas amigdalas pode ser causada por vírus ou bactérias, sendo a mais comum a amigdalite viral, como a causada pelo vírus da gripe ou resfriado. No entanto, a amigdalite bacteriana, como a faringite estreptocócica, também pode ocorrer e causar complicações mais graves.
Os sintomas de amigdalite podem variar conforme a causa, o que muitas vezes pode até diferenciar uma amigdalite viral da bacteriana, mas os mais comuns incluem:
A amigdalite é geralmente causada por infecções virais, como o vírus da gripe ou do resfriado, mas também pode ser provocada por infecções bacterianas, como a infecção por estreptococos. O contato direto com pessoas infectadas e a baixa imunidade aumentam as chances de desenvolver a condição.
Também podem ocorrer infecções causadas por fungos, amigdalite fúngica, o que não é comum em indivíduos com a imunidade normal. Existe também a amigdalite caseosa, que não é causada por agentes infecciosos, mas pela presença de caseos nas amigdalas.
De forma geral as amigdalites virais cursam com sintomas mais leves e menos específicos, como dor de garganta moderada, febre baixa e sintomas de resfriado, como coriza, obstrução nasal e tosse. Os quadros virais costumam iniciar com a dor de garganta como primeiro sintoma e depois evoluindo para os outros sintomas respiratórios. As infecções são autolimitadas, com duração em torno de 7 a 10 dias.
As infecções bacterianas cursam com dor de garganta mais intensa e febre alta, de início súbito e geralmente sem outros sintomas respiratórios com coriza e obstrução nasal. As infecções bacterianas precisam ser tratadas com antibiótico para evitar os riscos de complicação.
O diagnóstico da amigdalite é feito por um médico, geralmente através de um exame físico e, em alguns casos, com exames laboratoriais como o teste de detecção rápida para estreptococos. O tratamento varia conforme a causa:
A mononucleose é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV). Mesmo sendo uma amigdalite viral pode causar sintomas mais intensos. Ela é chamada de doença do beijo porque é frequentemente transmitida pela saliva, embora também possa ocorrer por meio de compartilhamento de utensílios ou gotículas respiratórias.
Além da dor de garganta e febre a mononucleose geralmente causa um aumento dos gânglios, principalmente do pescoço e pode levar ao aumento do fígado e do baço nos casos mais graves.
Os sintomas podem durar semanas e, em alguns casos, o cansaço pode persistir por meses. O tratamento é de suporte, focado no alívio dos sintomas, como descanso, ingestão de líquidos e medicamentos para controlar a febre e a dor.
Não há cura específica, pois o próprio corpo combate o vírus com o tempo.
A amigdalite caseosa é uma condição crônica caracterizada pela formação de pequenas massas brancas ou amareladas nas amígdalas, conhecidas como cáseos amigdalianos. Essas massas são compostas por restos de alimentos, células mortas e bactérias, que se acumulam nas criptas das amígdalas, formando uma substância de consistência parecida com queijo (daí o nome “caseosa”).
Principais características:
A amigdalite caseosa não é uma infecção aguda como a amigdalite viral ou bacteriana, mas uma inflamação crônica. Em casos graves, pode ser recomendada a remoção das amígdalas (amigdalectomia) se o desconforto ou os episódios de infecção forem recorrentes.
Sim, crianças têm mais amigdalites do que adultos. Isso ocorre porque o sistema imunológico das crianças ainda está em desenvolvimento e suas amígdalas desempenham um papel mais ativo na defesa contra infecções durante essa fase da vida.
Particularidades das amigdalites em crianças:
Com o passar do tempo, as amígdalas perdem parte de sua função, o que explica por que os adultos geralmente têm menos amigdalites.
A função das amigdalas é reconhecer os agentes agressores mas muitas vezes sua função é prejudicada e, ao invés de ser um tecido protetor passa a ser uma fonte de infeção pois não conseguimos eliminar as bactérias que ficam alojadas em seu tecido.
Consideramos infecções de repetição casos documentosdos pelo médico de 7 ou mais infecções em um ano, 5 ou mais infecções nos últimos 2 anos, 3 ou mais infecções nos últimos 3 anos.
Nesses casos, devido aos prejuízo na qualidade de vida e o risco de complicações a cirurgia para remoção das amigdalas pode ser indicada.
A síndrome PFAPA (Periodic Fever, Aphthous Stomatitis, Pharyngitis, Adenitis) é uma condição caracterizada por episódios recorrentes de febre alta e sintomas associados, que geralmente afetam crianças e pode ser confundida com amigdalites de repetição. Os sintomas associados, que dão nome a síndrome são: febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite. Normalmente aparece em crianças com menos de 5 anos.
A causa exata da síndrome PFAPA não é totalmente compreendida, mas acredita-se que esteja relacionada a uma resposta imune anormal.Parte superior do formulário
O diagnóstico é clínico, geralmente feito por um médico que acompanha a criança, como pediatra ou otorrino, e o tratamento é o controle dos sintomas e pode ser indicada a cirurgia de remoção das amigdalas.
Se não tratada corretamente, a amigdalite bacteriana pode evoluir para complicações. Por isso é preciso diagnosticar corretamente e na suspeita de uma amigdalite bacteriana iniciar o tratamento com o antibiótico adequado.
Aqui estão algumas das principais:
Abscesso periamigdaliano: Acúmulo de pus ao redor das amígdalas, causando dor intensa, dificuldade para engolir e, em alguns casos, dificuldade para respirar.
Dificuldades respiratórias: Em casos graves, a inflamação das amígdalas pode causar obstrução das vias aéreas, resultando em dificuldade para respirar.
A infecção causada especificamente por bactérias do grupo do estreptococo pode levar a complicações imunológicas agredindo tecidos do nosso próprio corpo:
Para prevenir a amigdalite:
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